sábado, 6 de setembro de 2014

ELA I


Ela está feliz
Não, ela está tranquila
Ela está feliz
Não, ela está saboreando
Cada instante da vida

O que é ser feliz?
Ela diz que é:
Fazer as pazes com o sol
Andar pelas ruas sem destino
E tomar sorvete de Capuccino

Ela é toda prosa
Pinta seus dias com o dedo
E pensa em um dia
Ir ao Japão, e vestida de gueixa
Amar!


Nathally Amariá

sábado, 23 de agosto de 2014

NUDRA - Dramas e Alegrias

No último domingo, dia 17 de agosto, comemoramos o aniversário de um ano de NUDRA (Núcleo de Dramaturgia do Oficena).
O NUDRA, nasceu no dia 10 de abril de 2013 (já estamos com 1 ano e 4 meses de muita produção). O NUDRA é um espaço para desenvolvimento artístico intelectual, cordernado pelo professor e multi artista Jiddu Saldanha. 
Nosso foco é a dramaturgia, textos para teatro, porém incluímos em nosso pacote artístico todos os tipos de arte. Em nossas reuniões vamos das artes visuais para a literatura e ainda passeamos em outras áreas. Sempre com a cabeça aberta para debates filosóficos e produções de subjetividades.
E reunimos tudo isso no evento Dramas e Alegrias no Teatro Municipal de Cabo Frio, Inah de Azevedo Mureb, juntando duas comemorações em uma: o aniversário de 17 do teatro e 1 ano de NUDRA.
Fizemos  leitura dramatizada de 12 textos teatrais, varal visual e poético e no final um belo sarau recheado de música, poesia e diversão.
Esse tipo de evento e movimento é muito importante para nossa sociedade; ajudar a desenvolver pessoas críticas é o que há, estamos vendo cada dia mais as pessoas sendo mais autônomas, independentes e com uma boa auto estima;e fazer parte de um movimento como o NUDRA é totalmente contemplante.


- Os Vampiros estão com fome
Autora: Kéren-Hapuk
Leitura Dramatizada por: Anna Alves, Guilherme Costa, Rosangela Salles, Arthur Brant, Sarah Fortes, Celso Guimarães e Nayara Alvez.
O Julgamento de Chapeuzinho
Autora: Priscila Mayer
Leitura Dramatizada por: Priscila Mayer
A Consciência Mata
Autora: Larissa Gomes
Leitura Dramatizada por: Danilo Tavarez e Larissa Gomes
 Intenso
Autora: Stephany Torres
Leitura Dramatizada por: Bruna Carolina e Claudia Mury
Escrevi pra ti
Autor: Gabriel Rodriguez
Leitura Dramatizada por: Gabriel rodriguez, Mayra Rodrigues, Daniel Arm, Guilherme Carvalho, Daniela da Cunha e Anna Alves
Da Morte de Outras Histórias
Autora: Daniela Barbosa
Leitura Dramatizada por: Daniela Barbosa
A Contradição de uma Alma
Autora: Camille Miranda
Leitura Dramatizada por: Gutavo Vieira 
Ditadura:
Autora: Nathally Amariá
Leitura Dramatizada por: Nathally Amariá e Kéren-Hapuk
Você vê o que quer
Autora: Camille Miranda
Leitura Dramatizada por: Camille Miranda
O Estrelato de Gold
Autora: Nathally Amariá e Kéren-Hapuk
Leitura Dramatizada por: Nathally Amariá, Kéren-Hapuk, Gustavo Vieira, Priscila Mayer , Bruna Carolina e Camille Miranda
Atlantic City
Autor: Ítalo Luiz Moreira
Leitura Dramatizada por: Oficena – Turma da Tarde

Lauren Christie artista e apresentadora do evento
O artista Daniel Arm com seu palhaço Casquinha


Abaixo um vídeo mostrando mais um pouquinho do que rolou no nosso evento:


Para mais informações sobre o NUDRA e os participantes deste núcleo maravilhoso entre no blog:
http://portalnudra.blogspot.com.br/

E curta a página do OFICENA no Facebook:
https://www.facebook.com/oficenacabofrio


(Fotos de Jiddu Saldanha)

sábado, 9 de agosto de 2014

Poema Inútil




Há um quadro na parede,
Na parede amarela há.

Encostada na parede amarela
Que há um quadro, há uma comoda.

Em cima da comoda que está
Encostada na parede amarela

Que há um quadro, pendurado,
Não há nada. 

(Nathally Amariá)

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pra você que faz meu pulmão arder

(Imagem: Google)
O amor é feito um câncer em estágio terminal. Mas não é qualquer amor, não falo desse amor que presenciamos entre casais alegremente patéticos, falo de um amor que transcende, um amor que talvez seja proibido, um amor mal resolvido. 
Um belo dia percebemos sua existência, a partir daí não comemos, não prestamos atenção em nossa volta, só observamos o alvo amado, mas quando percebemos sua tamanha contra mão, ele se transforma em algo... Enfim. Se instala no nosso corpo, faz seu coração acelerar, sua respiração fica ofegante, o pulmão arde, sua cabeça gira, ok, isso também são sintomas de uma crise de asma. Mas eu estava falando de câncer... Porra, o amor é uma doença. 
Se concretizando ou não, ele vem pra arrebatar, te leva ao ápice com um simples e banal “É CLARO QUE EU TE AMO” e te leva ao fundo do poço com um simples e banal “NÓS NÃO TEMOS FUTURO” (Essa é a mais idiota) ... Pois é, nós seres humanos somos muito filhos da puta!! 

Amar dói pra caralho, você pode morar com a pessoa amada e mesmo assim vai doer, conviver com quem se ama e perceber seus defeitos não é algo muito amável, mas só amando muito pra aturar (contraditório, não?). Por isso, amar dói... Chega um momento que você não entende bulhufas, porque até vendo um filme você consegue se lembrar desse alguém, e você chora feito uma criança , não entende o motivo de estar apaixonada, ou melhor, doente. 
(Imagem: Google)
Mas a vida é cheia de bifurcações, para o amor, há 2 saídas: Primeira – Você esquece tudo o que aconteceu e segue o fluxo. Segunda – Você manda o mundo pra puta que pariu e tenta de novo, se diverte se drogando com mais amor para se curar de um sentimento incurável, sim, porque quando você não está amando uma pessoa, está amando outra, e se joga num abismo sem fim, e cai lentamente se deliciando com o frio na barriga, e com o coração batendo a mil, e com o vento passando, ou não passando, feito fogo em seus pulmões, porque amar é assim, dói, mas vale a pena cada segundo, cada dor, cada pontada na boca do estômago e no coração.

Creio que seremos extintos por causa do amor!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Haicai II - Devaneios de Menina

Calmaria-
Sentada no banco da praça
A menina poetiza

Tarde ensolarada-  

A menina atenta, espera 
O barulho da bicicleta

Tela sobre o chão-
E a mão da menina
Dançarina  
Sem entender
A menina vai vivendo-
Solidão
Corda bamba-
A vida da menina
Balança
Cansaço-
O coração da menina
Não é de aço!
 Lágrimas rolam-
Dentro da menina há
Um poço de amor
Voo da libélula-
Os olhos da menina
Voam também
(Nathally Amariá) 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Enigma da Vida


“Onde não puderes amar, não te demores.” (Augusto Branco).


Até quando e quanto vale estar em um lugar onde não podemos nos demorar? Qual é o limite entre a ética e o bem estar espiritual, físico e psicológico? O que diferencia uma ação profissional de uma ação amadora? Todas essas perguntas afligiram-me durante um tempo, um tempo curto, porém de muito desgaste e de sofrimento interno, e as respostas estavam bem ali, correndo como viral nas “timelines” do facebook, em sua maioria de vezes, “assinada” por Frida Kahlo.
O que Augusto Branco quis dizer com essa frase? Se resume apenas em um caso de amor? E porque persistimos em algumas situações onde o exemplo é claro que não é possível amar? Essa frase vai muito além de uma relação amorosa, vai além da moral, do cartesianismo, das regras de condutas que nos foram impregnadas durante nossas vidas.
O que é amar? O que é não poder demorar? Por que tantas perguntas para responder uma? Essa frase é tão simples que chega a ser complexa, e tudo está ali.
Vivemos em um mundo feito de relacionamentos, se você não se relaciona bem com alguém, o comum é se afastar. Mas quando estão em um coletivo, num relacionamento amoroso ou em algo mais profissional? Como fazer isso? Bom, desistir de algo não é fácil para ninguém, ainda mais quando você coloca a sua alma. Mas chega um momento que se a relação não está boa, se as energias não estão fluindo, se há descordialilade de todas as partes, não há porque prosseguir.
A vida é como um rio, as coisas fluem, e se há uma pedra no meio do caminho, a água passa por cima. E assim, devemos ser, se algo nos impede, devemos passar por cima disso. E é aí que está o “Pulo do Gato”, como “passar por cima” de algo que nos aflige? Em hipótese alguma devemos ser antiéticos e não profissionais, estar desgastado com qualquer tipo de relação não significa que você tenha que faltar com o respeito com as pessoas que estão envolvidas.
Hoje eu entendo essa frase, com certeza não podemos nos demorar onde não podemos amar, onde não podemos colocar nossa alma, ou simplesmente, não sentimos que aquilo faz parte da gente, ou que fazemos parte daquilo. Mas nas relações interpessoais devemos ter cuidado, somos peças de um grande tabuleiro de xadrez, o pião não come pra trás e o rei só anda uma casa por vez, não troquemos os pés pelas mãos, se relacionar é uma arte, a qual, se soubermos desenvolver, com ética e profissionalismo, conseguiremos alcançar nossos objetivos.
O amor é nosso ponto de partida, se amamos, fazemos, lutamos. E se não amamos? E quando perdemos o tesão? A paixão? Simplesmente deixamos de lado sem nenhuma explicação? Agimos com uma irresponsabilidade infantil? Acho que não seria a melhor escolha. De novo, o amor é o ponto de partida; se não pudermos amar que não demoremos, tudo tem um limite, tem um fim, ou melhor, um recomeço, então que ajamos com responsabilidade, em algumas situações extremas com um foda-se consciente, sim, consciente, porque toda ação tem uma reação, somos indivíduos que interfere no meio e como consequência o meio interfere em nós, indivíduos.
A vida é relacionamento, então, que não nos demoremos onde não podemos ser nós mesmos, que não nos mutilemos, e que sejamos éticos para vivermos em paz e harmonia nesse mundo de pleno caos que nos consola enquanto dançamos a valsa da vida.

(Texto: Nathally Amariá)


sábado, 26 de abril de 2014

Beterrabas de Gaia

Me resumo

Por ser, pra ser.
Se somos, não precisamos
Se somos, somos resumidos.

Resumidos em uma lasca de madeira
Em uma gota de suor, num átomo qualquer.
Resumidos somos para ser mais
E não ter mais coisas banais

Somos o resumo do universo
Pintados pelos dedos de Gaia
Com aquarela vermelha

Da cor da beterraba


(Nathally Amariá)