Elas, mulheres, meninas, tão elas, tão belas, serenas, vorazes, fortes, inteiras. Não precisamos de uma metade.
Esse texto é escrito por uma mulher,
uma jovem mulher, que sofreu com esse machismo vil, nojento, que corrompe nossa
sociedade, para mulheres, todas as mulheres.
O quão difícil é viver em uma sociedade hipócrita,
abjeta, que aceita tudo de mais perverso, desde que não seja verbalizado. Viver
se tornou imoral!
A menininha bonitinha não pode mais sair de saiazinha, a mulher elegante deve
se empacotar da cabeça aos pés. “- Ei mulher, tire
essa tromba da cara, dê um sorriso!”. E assim seguimos, rodeadas por pessoas em
estado de putrefação, pessoas com olhares lascivos, que te comem com os olhos
da forma mais absurda.
O olhar... Não é um simples olhar, não é um olhar de admiração,
de contemplação, é um olhar que corrompe,
um olhar que percorre todo seu corpo, um olhar invasivo, que faz você se sentir
assediada, estuprada, violentada. Esse mesmo olhar que te julga, te inibi, te
oprimi.
Nós mulheres estamos cansadas te tanta “virilidade” na hora errada. De tanta gente querendo mandar no corpo que só
pertence a nos mesmas.
Nossas saias serão curtas, andaremos sem calcinha, nossas blusas transparentes
mostrando o biquinho no nosso mamilo rijo por causa do frio, nossos cabelos ao
vento, nossas vidas guiadas pela nossa própria consciência.